CAPS II comemora 25 anos de funcionamento no Município
Documentário sobre o serviço foi exibido em evento na Estação Cultural
As comemorações pelos 25 anos do CAPS II, também conhecido como CERSAM, foram encerradas no dia 1º de novembro, na Estação Cultural, com a apresentação de um documentário sobre a unidade de saúde. O CAPS II integra a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Município, acolhendo pacientes em sofrimento metal. Com uma equipe multidisciplinar, ele oferta serviços como: atendimento psicoterapêutico, atividades de ressocialização, atendimento multiprofissional, avaliação psiquiátrica, oficinas terapêuticas e orientação para familiares.
Trata-se de um serviço “porta aberta”, que busca ofertar novos modos de produção de saúde e reinserção social aos seus usuários. Segundo Wagner Magesty, Secretário Municipal de Saúde, desde o começo da luta antimanicomial, nas décadas de 70 e 80, a forma como as doenças mentais são tratadas mudou. “Hoje, vemos que há uma preocupação quanto à reinserção social e à manutenção dos vínculos familiares dos portadores de doenças mentais. Existe um acolhimento bem maior. E isso vem sendo aplicado em toda a rede aqui em Pará de Minas. Por isso, quero parabenizar a toda a equipe responsável por esse trabalho tão importante”.
Para o Secretário, a recente mudança no local de funcionamento do CAPS II é uma das ações que contribuem para trazer dignidade e humanidade a todos os usuários. “Saímos da antiga casa onde o serviço estava instalado e agora temos uma nova sede. Além disso, fizemos a inscrição no Ministério da Saúde para a construção de uma unidade modelo”, afirma. O CAPS II funciona atualmente na Rua Dr. Aloísio Procópio Lobato Menezes, número 1052, em frente ao Hospital Municipal Padre Libério, no bairro Senador Valadares.
Regiane Batista, Coordenadora do CAPS II, também ressaltou a mudança na maneira de tratar o usuário, a partir das mudanças que incluíram a alteração na nomenclatura do serviço, que antes era chamado de CERSAM. “O CAPS II acolhe as pessoas com um sofrimento mental grave. Ele compõe uma rede de cuidado em saúde mental, em uma lógica totalmente contrária ao que era antes, já que era centrado apenas no atendimento médico e hospitalar. Hoje, temos uma equipe multiprofissional, que desenvolve um projeto de intervenção a partir do que o usuário traz”, explica.
Para Ana Lúcia Assunção, psicóloga que acompanhou a implantação do CERSAM, atual CAPS II, em Pará de Minas, o atual modelo de funcionamento do serviço parece um sonho, que a cada dia vai se realizando. “Cada pessoa que chega vem com uma ideia ou um estudo diferente. É um trabalho enorme, em que tudo vai se somando. Lidamos com muitas diferenças, então é com alegria que vejo o serviço se expandindo dessa maneira”, comemora.
Márcia Silva, usuária do CAPS II, diz que o serviço faz toda diferença em sua vida. Dentre as atividades ofertadas, ela participa da oficina de música e da oficina terapêutica. “Os profissionais agora misturam-se aos pacientes. O CAPS hoje é uma família, de modo que quando não posso participar das atividades eu até me sinto mal”, observa.