Conheça Pará de Minas

Economia:

Pará de Minas possui uma economia bastante diversificada, como pode ser observado através dos dados de recolhimento de ICMS.

O agronegócio tem grande relevência, especialmente com a produção de aves e suínos. A indústria também se destaca no cenário nacional e internacional, com a produção de ferro gusa, rações, laticínios, máquinas e equipamentos, entre outros.

O comércio é bem estruturado, com várias áreas de atuação. Do setor calçadista, passando por moda, prestação de serviços, informática e telemarketing, saúde, pet, enfim, tudo pode ser encontrado na nossa cidade. 

População:

Pessoas residentes - Aproximadamente 100.000 Habitantes (população rural e urbana)

Localização:

Localiza-se na parte central do Estado de Minas Gerais, com aproximadamente19º 53' de latitude S e 44º 31' de longitude W, conforme coordenadas geográficas.

Nossa história

Os primórdios da povoação que deu origem a Pará de Minas remontam ao final do século XVII, época em que o fluxo das bandeiras paulistas tornou-se constante nessas paragens, área compreendida entre os Rios Pará, Paraopeba e São João, devido à procura do ouro, que acabou sendo encontrado em maior quantidade em Pitangui. 
O caminho de Pitangui assim foi estabelecido e muitos se deixaram ficar. Se o ouro o originou, foi o comércio que o solidificou. Um núcleo populacional foi se formando às margens do Ribeirão Paciência, onde havia um ponto de pouso para os viajantes. Nele, segundo a lenda, fixou-se o mercador português Manuel Gomes Batista, apelidado de “Pato Fofo” em face de ser baixo e gordo e, por vaidade, aparentar grandes posses.
Manuel Batista se estabeleceu em uma fazenda que passou a explorar. A casa onde residiu é considerada a primeira edificação da cidade e hoje abriga o Muspam - Museu Histórico de Pará de Minas. Em decorrência do apelido que Manuel Batista adquiriu, o lugar ficou conhecido como “Patafufio” ou “Patafufo”, variações de “Pato Fofo”.
O marco oficial da história do município verifica-se pela elevação de Pitangui à categoria de Vila de Nossa Senhora da Piedade de Pitangui, em 06 de Fevereiro de 1715, uma vez que o povoado de Patafufo pertencia ao território de Pitangui.
A Provisão Episcopal de 02 de Julho de 1772 instituiu a capela no lugar do Patafufio, da freguesia de Pitangui.
Os Mapas Paroquiais de 1826, indicam que a Vila e Freguesia de Nossa Senhora do Pilar de Pitangui compreendia oito capelas filiais, e dentre elas estava a de Nossa Senhora da Piedade de Patafufo, com 314 fogos(casas) e 1646 almas(habitantes).
Por volta de 1823 chegou o mestre-escola João Ezequiel Pereira para ensinar as primeiras letras ao sexo masculino, porque às mulheres se ensinava a coser, lavar, fazer rendas, etc. Em 27 de março de 1828 foi criada a primeira escola pública do curso primário no arraial do Patafufo e, em 27 de julho de 1830 foi nomeado o sr. Joaquim da Rocha Ribeiro para professor de primeiras letras.
Em 1832 o povoado de Patafufo já era curato, isto é, já era assistido eclesiasticamente por um Cura, Capelão. Nesse ano,1832, por Decreto Imperial, o Curato de Patafufio passou a integrar a Paróquia de Mateus Leme; em 1836, foi incorporado à Freguesia de Pitangui pela Lei nº 50, de 08 de abril. A Paróquia, com a denominação de Nossa Senhora da Piedade do Patafufo, foi criada exatamente 10 anos depois, em 08 de abril de 1846, pela Lei nº 312. Em 1848 o Presidente da Província de Minas Gerais, sr. Bernardino José de Queiroga, por Lei Provincial nº 386, de 09 de Outubro, elevou o arraial de Patafufo à categoria de Vila, com a denominação de Vila do Patafufio, compreendendo o seu território e os de Santana do São João Acima (hoje Itaúna), Mateus Leme, São Gonçalo e Santo Antônio do São João Acima (hoje Igaratinga). Pelo fato dos seus habitantes não terem construído os edifícios da Câmara, Conselho de Jurados e da Cadeia, conforme exigência da Lei 386, a Vila do Patafufio não foi instalada e, em 31 de maio de 1850, pela Lei Provincial Nº 472 ela foi suprimida, voltando o território a pertencer ao Município de Pitangui.
Satisfeitas as exigências legais, em 08 de junho de 1858, a Lei Provincial nº 882 veio restaurar a Vila, alterando também o seu nome para Vila do Pará e o da Paróquia para Nossa Senhora da Piedade do Pará. A Vila do Pará foi instalada em 20 de Setembro de 1859 pelo Presidente da Câmara Municipal de Pitangui, Dr. Francisco de Campos Cordeiro Valadares. O primeiro Presidente da Câmara e Agente Executivo foi o Alferes Francisco de Assis dos Santos Reo, empossado no mesmo dia.
O nome Pará na lingua Tupi significa “o mar, águas todas colhe, o colecionador de águas”. Pará, seria então o rio coletor do Centro-Oeste do Estado. O nome “Pará” homenageia o rio Pará, que banhava as terras do imenso município.
Em decorrência de acirradas disputas políticas entre os chamados “Cascudos” (Conservadores) e “Chimangos” (Liberais), a Lei Provincial nº 1889, de 15 de Julho de 1872, suprimiu novamente o Município do Pará, incorporando seu território ao de Pitangui.
Dois anos depois, em 23 de Dezembro de 1874, a Vila do Pará foi restabelecida pela Lei nº 2.081, ficando definitivamente seu território desligado de Pitangui. A reinstalação da Vila do Pará ocorreu em 25 de março de 1876, em sessão solene na Câmara Municipal, sendo empossado como Presidente da Câmara e Agente Executivo o Alferes Francisco Esteves Rodrigues.
A categoria de cidade foi alcançada em 05 de Novembro de 1877, com a Lei nº 2416, passando a denominação a ser CIDADE DO PARÁ.
A elevação de uma vila à categoria de cidade conferia-lhe apenas qualificação honorífica. Era concedida às vilas que exerciam funções importantes em âmbito religioso, político ou militar.
Por força da Lei nº 806, de 22 de Setembro de 1921, o município passou a denominar-se PARÁ DE MINAS, nome que se estende à sua sede. Relembrando que esta denominação é devida ao maior rio que banhava o município, o PARÁ, cujo nome na língua tupi significa rio volumoso, o colecionador de águas; e “DE MINAS”, apenas um aditivo para distinguir o município mineiro do Estado do Pará.

Atualmente, com aproximadamente 100 mil habitantes, Pará de Minas exemplifica perfeitamente o ideário da mineiridade. Ao mesmo tempo em que tem conservada sua memória histórica, o Município projeta-se no cenário estadual pelo seu progresso e potencial de desenvolvimento.