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Celebração da festa de Corpus Christi volta a acontecer em Pará de Minas após dois anos

 

Tradição é bem imaterial da cidade e inclui a produção dos tapetes processuais

 

Após dois anos, a tradicional celebração da festa de Corpus Christi voltará a ser realizada em Pará de Minas. Junto a ela, os tapetes processuais passam a ser novamente produzidos e exibidos. A celebração é um dos bens imateriais da cidade, registrado a partir do significado histórico, cultural e religioso dela para a população pará-minense. No dia 4 de junho, no Salão de Convivência São João Paulo II, nos fundos do Santuário Nossa Senhora da Piedade, o artista João Batista Leite, professor da Escola Municipal de Artes e Ofícios – Sica, ministrou uma oficina de tapetes processuais. A iniciativa, coordenada pela Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Institucional, teve o objetivo de capacitar voluntários das seis paróquias de Pará de Minas para a preparação das procissões de Corpus Christi.

Para a Secretária Municipal de Cultura e Comunicação Institucional, Andréia Xavier Paulino, a celebração é um orgulho para a cidade, e seu registro como bem imaterial contribuiu para que o Município ficasse em 23º lugar no ranking estadual do ICMS. “Essa conquista é fruto do trabalho dos artistas daqui. Estamos muito felizes por realizar a festa novamente, e por poder promover a oficina de tapetes, que somará muito ao evento”, disse a Secretária.

O Padre Hedvan Richardson, Vigário Forâneo de Pará de Minas, afirma que a data é uma oportunidade de mostrar a cultura, a arte e os talentos para homenagear Jesus Cristo. “É muito bonito quando o Jesus Eucarístico passa pelas ruas da nossa cidade e todo o povo de Deus quer homenagear nosso Senhor, seja com um pano em sua casa ou com os tapetes processuais”, ressaltou o Padre.

Os primeiros registros da celebração de Corpus Christi em Pará de Minas são do século XIX, segundo o Historiador Alaércio Delfino. “É um bem que nasceu com a cidade. Então é importante que a Prefeitura dê esse apoio, para não deixar que a tradição acabe e para que ela mantenha sua qualidade”, observou o Historiador.

Além da oficina de tapetes processuais, ministrada no sábado (4), pelo Artista João Batista Leite, a Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Institucional presta auxílio no fornecimento e no transporte de materiais para a produção dos tapetes. João Batista ressalta que, mais do que ensinar, a oficina busca estabelecer uma harmonia entre os diferentes tapetes produzidos. “É interessante ver o clima de preparação e a troca existente entre os participantes durante a confecção dos tapetes. O resultado é sempre fantástico”, afirmou o Artista.

A data é muito importante para a comunidade católica e para os jovens que têm a possibilidade de ajudar a fazer a festa acontecer, de acordo com Maria Eduarda Santos Faria, do Grupo de Jovens Adolescentes Caminhando com Cristo, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade. “A oficina nos ajuda a descobrir novas habilidades. Todos os anos ela é realizada, e esta é a terceira vez que participo, mas sempre aprendemos coisas novas. O João nos deu dicas muito valiosas”, disse Maria Eduarda. 

Vera Lúcia Ribeiro, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, espera que as oficinas continuem acontecendo nos próximos anos, pois é uma tradição passada de geração para geração. “Temos aqui jovens, que, no futuro, passarão esses conhecimentos para outras pessoas. Isso não pode morrer”, observou Vera.

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