../app-home/api-modulos/noticias/img/171050/WhatsApp Image 2022-03-17 at 11.34.47.jpeg

Pesquisa busca conhecer perfil dos infectados pela Covid-19 em Pará de Minas

 

Estudo pretende identificar as sequelas presentes após a contaminação, indicando os possíveis tratamentos

 

Uma pesquisa sobre o perfil epidemiológico dos pacientes infectados pela Covid-19 em Pará de Minas está sendo realizada atualmente na cidade. Coordenado pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, o estudo tem como objetivo identificar as principais complicações clínicas e/ou sequelas após a infecção pela doença. O trabalho também vai delinear qual o impacto da infecção viral na qualidade de vida dos indivíduos e, posteriormente, indicar quais terão a necessidade de participar de sessões de um programa de Reabilitação Cardiovascular, Cardíaca e Metabólica ambulatorial.  

Quem está conduzindo a pesquisa é a Educadora Física Bárbara Oliveira. Com a investigação do perfil de indivíduos após terem sido diagnosticados com a Covid-19, a pesquisadora pretende encontrar caminhos para otimizar o serviço de reabilitação na saúde pública do Município de Pará de Minas, além de propor uma intervenção eficaz para o controle dos fatores de risco cardiovasculares modificáveis e não modificáveis, através da prática de atividades físicas.

“Toda a sociedade será beneficiada, pelo conhecimento do perfil dos indivíduos que serão monitorados e supervisionados, trazendo mais qualidade de vida, com a melhora da capacidade funcional pós-Covid-19. Assim, reduzimos o número de reinternações hospitalares, o uso de medicamentos dispensados pelo SUS e, consequentemente, diminuimos a mortalidade pelas afecções cardiovasculares, visto que poderá ocorrer um maior controle dos fatores de risco”, explica Bárbara.

Um dos aparelhos que poderão beneficiar-se dos resultados da pesquisa é o Ambulatório Municipal de Fisioterapia. O estudo poderá, além de destinar mais recursos ao serviço, permitir que pessoas que necessitem do atendimento no Ambulatório sejam convidadas a participarem de uma fase de reabilitação no local.

“Nós vamos tratar as sequelas que a Covid deixou neste indivíduo. Por isso, é tão importante que as pessoas participem, já que, assim, teremos como delimitar qual é a parcela da população que teve sequelas e trabalhar isso junto ao Município.”

Dentre as possíveis sequelas citadas pela Educadora Física, estão a incapacidade de realizar tarefas do dia a dia, fadiga constante, dores musculares, de cabeça, problemas de memória e relacionados à saúde mental. “A pessoa fica impedida de seguir seu cotidiano da maneira que fazia antes. Então precisamos otimizar essa reabilitação em nossa cidade, para que o paciente possa voltar à sua vida normal, tanto no trabalho quanto na vida pessoal”, completa Bárbara.

O Fisioterapeuta Guilherme Morais, responsável pelo Ambulatório Municipal de Fisioterapia, afirma que é extremamente importante que haja uma pesquisa que comprove a existência de sequelas em diversos pacientes. “A Covid não se encerra com o fim da infecção. Vemos casos de sequelas graves, muitas vezes prolongadas ou até permanentes. Portanto temos de criar formas de angariar recursos junto ao Ministério da Saúde, para custear o tratamento dessas pessoas”, ressalta Guilherme. 

A pessoa já infectada, interessada em participar da pesquisa, pode responder ao questionário através de um link, que pode ser acessado através do QR Code exibido nas artes de divulgação espalhadas pela cidade e pela internet, ou clicando aqui. No questionário, disponível até o dia 29 de abril, pergunta-se sobre o estado de saúde do participante, antes e após a infecção.

Compartilhar notícia