Prefeitura realiza a pintura do Cristo
Ação faz parte de uma série de intervenções planejadas para o ponto turístico
Colaboradores das Secretarias Municipais de Cultura e Comunicação Institucional e de Obras finalizaram, no dia 4 de março, a pintura do Cristo Redentor, localizado no alto da Serra de Santa Cruz. A ação integra o conjunto de intervenções que estão sendo realizadas no local, dentre as quais estão a instalação de guarda-corpos com corrimãos.
Com 12 metros de altura, a imagem do Cristo é um símbolo da fé cristã, traço marcante da tradição mineira e, mais especificamente, do povo pará-minense, desde os momentos iniciais do povoamento da região. De braços abertos, o Cristo simboliza também a hospitalidade afetuosa desse povo, sempre pronto a acolher os visitantes e pessoas que aqui vêm residir com muita simpatia e generosidade.
A estátua do Cristo Redentor foi feita com concreto, ferro, argila e alumínio. O monumento foi inaugurado em 25 de agosto de 1963, quando foi celebrada missa pelo Bispo Diocesano Dom Cristiano Portela de Araújo Pena. Ele foi tombado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Pará de Minas, no dia 4 de abril de 2003.
Para a Secretária Municipal de Cultura e Comunicação Institucional, Andréia Xavier Paulino, é um grande orgulho para a equipe da Secretaria participar da restauração do Cristo Redentor. “A equipe está até emocionada por realizar este trabalho, pois sabe da importância deste monumento para a cidade”, diz.
Esta é uma das etapas das obras que estão sendo feitas no Cristo. Outras ações envolvem as escadarias, os corrimãos e a instalação da via sacra. “Tenho certeza que quando os pará-minenses tiverem a oportunidade de vir ao Cristo e ver as obras prontas, ficarão tão orgulhosos quanto nós da equipe estamos”, completa Andréia.
O Cristo Redentor é um bem tombado pelo Município. Ele começou a ser construído pela comunidade no ano de 1958, de acordo com o Historiador Alaércio Delfino. “O idealizador do projeto, Nem Villaça, tinha o sonho de abrir a janela de sua casa, que era próxima à Casa da Cultura, e ver um Cristo no topo da serra. Ele então mobilizou a comunidade para conseguir as doações necessárias para a construção”, explica Alaércio.
Mesmo contando na época com mais de 80 anos de idade, Joaquim Xavier Villaça, mais conhecido como Nem Villaça, lutou com muita garra e determinação para que o seu sonho se tornasse realidade. Nessa empreitada, contou com a colaboração do engenheiro civil Ives Soares da Cunha, dos pedreiros Adriano de Carvalho e Vicente Pereira Duarte, do Sr. José Alves Ferreira, que doou o terreno, e de muitos outros cidadãos que acreditaram no projeto e se empenharam para a sua concretização. O coração de alumínio no peito da imagem, por exemplo, foi uma contribuição do povo, que doou talheres, copos, formas e outros utensílios para que fossem fundidos e utilizados como matéria-prima básica para a sua confecção.